domingo, fevereiro 19, 2006 |
Voltar a Coimbra |
Ontem, sábado, foi dia de jantar de curso. Voltar a Coimbra é sempre uma sensação boa, carregada de nostalgia. Sempre que lá vou, e já não ia há pelo menos um ano e meio, sinto a mesma coisa. Quando atravesso a ponte de Santa Clara ou percorro a Fernão de Magalhães, volto a sentir essa tal nostalgia, esse sentimento que é um misto de saudade e recordações. Passar o largo da Portagem e olhar em redor significa parar no tempo, voltar a ser universitária e percorrer aqueles lugares vestida de capa e batina. Andar por aí sempre acompanhada pelos amigos. Aqueles com quem me vou encontrar, quase cinco anos depois de termos terminado o curso.
Quando fizemos o nosso último desfile académico, de cartola e lapela azul e laranja, prometemos que haveríamos de nos encontrar todos os anos. Promessa cumprida. Todos os anos fazemos um ou dois jantares. Somos sempre os mesmos, é verdade. Raramente chegamos às duas dezenas, mas ultrapassamos sempre a dúzia. E cinco anos depois continuamos todos companheiros. Durante aquele tempo esquecemos que já estamos do outro lado e voltamos a ser estudantes.
Dão-se abraços calorosos, relembram-se tempos divertidos. Bons tempos, dizemos todos. Bebe-se um bom vinho e come-se no restaurante de sempre. Serenata, o ponto de encontro.
Mais do que ir até Coimbra, estes jantares que teimamos em nunca esquecer, servem para vermos que o tempo de universidade valeu a pena. Fizeram-se boas amizades. Amizades sólidas, Amizades para a vida.
Estava toda a gente importante lá. Pessoas que já não via há algum tempo, mas que estão na mesma. Continuamos todos a ser as mesmas pessoas. Talvez seja essa a razão para estas amizades se manterem. Somos verdadeiros, somos nós. Ainda nos rimos das mesmas coisas. As conversas vão mudando. Processo natural e que faz parte. Agora falamos mais de trabalho, de viagens, de objectivos e sonhos para o futuro. Perguntamos pelos "meninos" a quem já tem filhotes.
Todos nós crescemos, mas ficou a mesma amizade. Ontem éramos 13. Número do azar dizem os mais supersticiosos. Razão para mandarmos alguém embora, deveriam dizer os mal-educados. Nós não ligamos e estivemos os 13 à mesa. Um mesa muito heterógenea, onde as mulheres estvieram em maioria.
A Lara, a minha amiga de sempre, está fantástica. Tinha saudades dela. Fomos ao D. D., o bar de sempre, matar saudades. Está tudo tão mudado. A música mudou. As pessoas mudaram. Já não se conhece ninguém. Talvez um ou outro empregado, agora mais envelhecido.
A Martinha e o Jorge continuam maravilhosos como sempre. Doce como ela só sabe ser. Ele continua o mesmo bem-disposto de sempre...sempre pronto a cravar "um cigarro dos nossos". Tinha saudades de ouvir isto.
O Marco. O Marco já se sabe: ele não muda! Fala, fala, fala...brinca e diverte-me como sempre. Gosto de me rir com ele, gosto de ter conversas mais sérias, em tom baixo, porque estamos à mesa e a conversa é só nossa.
A Babinha e a Marisa estão na mesma. O tempo não passou. Não existem "boeings" estacionados por perto, mas isso também não interessa.
A Cátia está diferente. A filhota já vai para a escola.
A Carla. A Carla vou estando com ela regularmente. Espero que venha mais vezes a Aveiro. O Mesquita...é o Mesquita.
O Paulo. Não o via há anos. Foi bom revê-lo. Está igual. A mesma personalidade muito própria.
Não sei se me esqueço de alguém...
Foi uma noite fantástica. Numa boa altura. Muita gente está em mudanças. Era hora de dar conta disso.Outros precisavam deste jantar para animar, para recarregar baterias. Viemos todos de lá cheios de energia. Em Maio, na Queima, volta a haver jantar. |
posted by covinhas @ 4:03 da tarde |
|
|
|
|